O mercado aguarda ansiosamente a próxima geração de GPUs baseadas na arquitetura Blackwell da Nvidia, mas a espera pode ser ainda maior do que o previsto. Já há sinais de uma futura escassez, embora seja improvável que os problemas de oferta afetem a demanda.
Os produtos da próxima geração da Nvidia baseados em Blackwell são muito aguardados, mas, de acordo com a diretora financeira da empresa, Colette Kress, durante o relatório de ganhos divulgado recentemente, pode ser difícil obtê-los quando chegarem ao mercado.
“Esperamos que nossos produtos de próxima geração tenham restrições de oferta, pois a demanda supera em muito a oferta”, disse Kress.
Isso não deve surpreender os observadores, já que a Nvidia está priorizando a alocação de sua geração atual de chips de IA para determinados clientes. Para evitar que clientes façam pedidos excessivos ou migrem para produtos concorrentes, como os chips de IA da AMD, o CEO Jensen Huang abordou a questão da alocação durante a teleconferência de resultados. “Alocaremos de forma justa. Fazemos o melhor para alocar de forma justa e evitar alocações desnecessárias”, afirmou.
Mesmo sem o alerta de Kress, a escassez dos produtos B100 de próxima geração da Nvidia era praticamente certa. Em primeiro lugar, é provável que os clientes já tenham feito pedidos antecipados de alguns desses produtos. Além disso, embora não se saiba muito sobre a arquitetura Blackwell, há rumores de que ela será a primeira da Nvidia a adotar designs multi-chiplet, o que pode complicar a fabricação. Por outro lado, como observa o Tom’s Hardware, um design multi-chip poderia simplificar a produção em nível de silício, pois é mais fácil maximizar o rendimento de chips menores.
Outro obstáculo potencial é a capacidade dos fornecedores da Nvidia de atender à demanda. As GPUs de IA da Nvidia são todas fabricadas pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), que possui seus próprios limites de produção. Além disso, há rumores de que a Nvidia está considerando um lançamento antecipado da linha Blackwell, para o quarto trimestre de 2024, de acordo com uma fonte do canal Moore’s Law is Dead.
Com a demanda tão intensa, o mercado está ansioso para ver a revelação da arquitetura Blackwell, independentemente de problemas de fornecimento. Vários rumores sobre o desempenho esperado vazaram, com alguns indicando que o aumento não será tão impressionante quanto o salto do RTX 3000 para o RTX 4000. Um vazador no fórum Chiphell postou o que alegava ser as especificações da RTX 5090: aumento de 50% em núcleos, aumento de 52% na largura de banda da memória, aumento de 78% no cache L2, aumento de 15% na frequência e aumento de 1,7x no desempenho.
Podemos descobrir tudo isso antes do esperado. No próximo mês, a Nvidia realizará sua conferência GPU Technology Conference, que contará com um discurso de Huang sobre IA. O site Tweaktown especula que seria o local perfeito para revelar a arquitetura GPU Blackwell.
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